#Espaço Favela
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hellololla · 1 day ago
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The people under the rubble
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Escondida num canto arborizado e silencioso próximo ao epicentro do agitadíssimo East End londrino existe uma rua circular com prédios vitorianos de tijolinhos bicolores. No meio dela, sobre uma elevação cercada de degraus, há uma praça com chão de cimento e terra batida de onde se ergue um pequeno coreto.
A cinco minutos dali jovens hipsters em roupas coloridas e tênis de marca desfilam pelo mercado de Brick Lane ao som de indie music e envoltos pelo aroma de indian curry, mas a densa copa das árvores centenárias que envolvem a praça abafa o ruído das vias principais do entorno. Ali se consegue ouvir o canto dos pássaros, apreciar as peripécias dos esquilos, relaxar tomando um café e respirar ares de uma outra época.
A rua se chama Arnold Circus e é como se você tivesse virado uma esquina e entrado em outro século.
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No começo esse era apenas o jardim de um convento, mas a população da zona leste não parava de crescer e ocupar espaços. Por volta de meados do século 19 a área já tinha se tornado residencial e se transformado completamente; conhecida como "a pior favela de Londres", Old Nichol era ocupada por criminosos, prostitutas e miseráveis em geral - quase 6 mil pessoas amontoadas em quartos minúsculos espremidos ao longo de meia dúzia de ruas. A mortalidade infantil na comunidade era altíssima e nos mapas da época consta como região a ser evitada por motivos de violência.
Um artigo de jornal de 1863 não mede palavras: "O limite de texto é insuficiente para descrever em detalhes um único dia de visita. Não há nada de pitoresco em tal miséria. É uma repetição dolorosa e monótona de vício, sujeira e pobreza, amontoada em porões escuros, sótãos em ruínas, quartos vazios e enegrecidos, cheirando a doença e morte.
Por volta do fim do século um padre anglicano iniciou uma campanha para arrecadar fundos e reformar a igreja, construir um clube e um pensionato. Por fim pressionou o conselho local e a prefeitura a demolir toda a favela e erguer habitações novas e subsidiadas para a classe trabalhadora. O grupo de blocos foi chamado de Boundary Estate e cada prédio tinha 5 andares, no estilo Arts and crafts e foram projetados para proporcionar luz e ar puro para os residentes.
A praça foi batizada como Arnold Circus em homenagem a Arthur Arnold, presidente do conselho; graças aos seus esforços os prédios foram construídos em alto padrão para a época. Cada bloco (ou "casa") tem um nome e seus pórticos têm estilos e cores variados.
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Infelizmente a maioria dos habitantes da favela não se beneficiou das mudanças; os novos prédios da Old Nichol foram destinados aos "pobres merecedores" - os que estivessem empregados, fossem livres de vícios e pudessem se sustentar. O restante foi simplesmente transferido (expulso) para outras áreas, sem nenhum auxílio ou compensação, aumentando a superpopulação de favelas já existentes ou criando novas.
E o fato de a pracinha ter sido construída sobre uma área elevada não é apenas escolha estética. Ali embaixo estão os entulhos e escombros da favela que foi demolida.
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Mais recentemente a área passou por um processo de gentrificação. Os apartamentos particulares têm grande procura e não são baratos, mas o conselho local ainda controla 2/3 dos imóveis disponíveis que continuam sendo subsidiados para as classes menos favorecidas - um mix de nacionalidades e etnias. A associação de moradores é bastante ativa na organização de eventos e tanto a praça quanto o jardim são cuidados por alunos de escolas locais. Os prédios são bem cuidados mas não foram reformados (muitas janelas e portas são originais), o que mantém o ar de "old London" da vizinhança.
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As placas minimalistas das lojinhas independentes vendendo badulaques superfaturados dão um ar de modernidade chique às sete ruas que vão dar na praça - mas a arquitetura sisuda e sem firulas da Inglaterra vitoriana e os ecos de outrora em alguns detalhes preservados nos lembram de que o passado está enterrado bem ali, nos fragmentos de memória embaixo daquele coreto.
Andando pelas calçadas limpas e bem cuidadas é impossível não pensar nos habitantes da Old Nichol, na vida de privações e desconforto e no destino que tiveram pós demolição quando foram removidos de suas comunidades e escassas redes de apoio. E tudo isso soa tristemente familiar, porque o Brasil também teve o seu percurso em direção ao progresso marcado por questionáveis episódios de higienismo.
O concreto que cobre novas estradas costuma passar por cima da história de muita gente pobre, mas no caso desse pedaço pitoresco do East End uma parte dessa história é a base da estrutura. Algo pra se pensar sentado nos bancos da praça enquanto se degusta o chai latte artesanal de um café instagramável.
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poecitas · 11 months ago
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Nunca foi sobre alguém… nunca foi sobre alguém ; além de mim mesma. Só foram circunstâncias diferentes, momentos diferentes e eu intacta, sendo como sempre fui e tentando me entender o tempo todo. Sempre existiu uma parte de mim, que aprecia, vive, pequenos momentos de felicidade… e o amor pra mim, vai muito além do contato físico, o que sempre foi um grande problema. Sou uma apreciadora nata de cheiros, cheiro do mar, cheiro das flores, cheiro da essência, unilateral, com todas as vertentes. Gosto de sentir, independentemente do que pode ser visto. Sou movida pela naturalidade do invisível, do silêncio que a madrugada, ainda que impregnada da imprevisibilidade que o amanhã, pode proporcionar. Já que em sua maioria, só consigo ouvir o vento soprando sob os meus ouvidos, isso quando o barulho do motor, das motos da favela, passando na rua, não me serram por dentro. Hoje entendo que, prender minha atenção, no sentido completamente (presente), da palavra, não é nada fácil. E obviamente torna difícil qualquer compreensão, vinda de fora. Mas acolho também, o fato de que, se eu paro pra escutar qualquer pessoa, por qualquer espaço de tempo, se eu saio do meu mundo e me esforço pra me inserir em qualquer outro, é porque eu o amo, da forma mais genuína possível.
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multiplasidentidades · 6 months ago
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LGBTQIAPN+ e também cria 😎🏳️‍🌈
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Temos que entender que a visibilidade LGBTQIAPN+ têm se expandido significativamente, refletindo a diversidade de expressões. Um exemplo claro disso é a representação tanto nas paradas do orgulho, com suas cores vibrantes e expressões festivas, quanto nos contextos cotidianos das comunidades periféricas, como as favelas.
Estereótipos relacionados à sexualidade existem e têm um impacto considerável e podem reduzir nossa comunidade a características superficiais ou comportamentos estigmatizados. Por exemplo, existe a ideia coletiva de que todas as pessoas LGBTQIAPN+ devam se enquadrar em certas normas de expressão de gênero ou estilo de vida, desconsiderando a variedade de formas como essas identidades se manifestam.
Esses estereótipos não apenas limitam a percepção pública sobre as pessoas LGBTQIAPN+, mas também podem se internalizar nas próprias comunidades, gerando expectativas restritivas sobre como "devem" ser ou agir. Isso pode levar a pressões adicionais, afetando a saúde mental e o bem-estar de indivíduos que não se veem representados nesses moldes estreitos.
Ao mesmo tempo, é importante afirmar que reconhecer a existência desses estereótipos não implica aceitá-los como verdades imutáveis ou essenciais. Pelo contrário, é essencial desafiar essas construções sociais e trabalhar para desconstruir elas. Os estereótipos não devem ser colocados num pedestal, como se fossem partes essenciais e inalteráveis das identidades LGBTQIAPN+. A diversidade dentro da comunidade é vasta, e a expressão dessas identidades deve ser livre de imposições externas ou internas.
A realidade das pessoas LGBTQIAPN+ nas favelas exemplifica essa diversidade e a necessidade de ampliar nossa noção das vivências LGBTQIAPN+. Nas favelas, essas pessoas navegam por um complexo conjunto de desafios, muitas vezes elas encontram formas únicas de expressar suas identidades.
A presença dessas pessoas tanto nas paradas do orgulho quanto nos espaços comunitários do dia a dia ressalta que ser LGBTQIAPN+ não está restrito a um único cenário ou modo de vida. Em suma, enquanto os estereótipos sobre sexualidade continuam a ter um impacto significativo, é vital desafiar e desconstruir essas noções, promovendo uma visão mais inclusiva e abrangente das identidades LGBTQIAPN+.
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selektakoletiva · 1 year ago
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MARCELO D2 E A ANCESTRALIDADE DE FUTURO!
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Com 13 discos de estúdio na bagagem - 4 com o Planet e 9 em carreira solo - já né segredo que Marcelo D2 ocupa um espaço notório na música popular e na cultura Hip-Hop pelo mundão. Acontece que em seu novo trabalho, ele ultrapassa barreiras, fura otas bolhas e se consagra ainda mais como um dos grandes arquitetos da música brasileira.
Intitulado "IBORU, Que Sejam Ouvidas Nossas Súplicas", Marcelo D2 nos leva por uma jornada musical de puro suingue, com o afrofuturismo batendo na alta, como sempre falara Chico Vulgo.
O disco começa com a voz de Wander Pires te transportando pra avenida quase que espontaneamente. 'Por baixo', numa crescente, um instrumental drumless do lendário Barba Negra (aka O Terrível Ladrão de Loops), versos afiados de D2 e uma fala de sua coroa. Apenas o início de uma saga que vai flutuando entre a boniteza e a concretude dos fatos como são. Trazendo a beleza da crueza e do povo, como o timbre de Nega Duda que vem logo em seguida. A genuína cultura de rua e dos morros, favelas e do subúrbio carioca.
Das rodas que varam da noite ao clarão do dia; ad infinitum. Os terreirões de Umbanda e Candomblé, os Bate-Bolas, Rosinhas e Malandros que transitam pelas ruas encantadas de um Rio de Janeiro que não passa na retrospectiva da Globo, não está nos trends, ou em capas de jornais. Essas são algumas das várias personas carioca que inspiram IBORU. Que inclusive, dia 28 deste mesmo mês de Junho, ganhará seu complemento audiovisual. Um curta que contará a história fictícia do encontro de João da Baiana, Clementina de Jesus e Pixinguinha, nos idos dos anos de 1923. O curta, assim como a estética do disco, foi toda assinada pela mágica Luiza Machado e o próprio Marcelo, diálogo que vem ampliando ainda mais a arte do rapper carioca. A produção fica por conta da produtora da família D2 - PUPILA DILATADA.
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O elenco de músicos e compositores de "IBORU, Que Sejam Ouvidas As Nossas Súplicas", chega a ser baixaria de tanto talento junto. A começar pela cozinha, composta por bambas da velha escola e da nova geração, tudo junto e misturado; Marcio Alexandre, Zero, Miúdo, Jorge Luiz, João e Marcelinho Moreira. Nas cordas, temos João Lopes (banjo), Maycon Ananias (cordas geral), Gabe Noel (violoncelo), Wanderson Martins e o craque Rodrigo Campos (ambos no cavaquinho). Violões de 6 e 7 cordas, no nome de Kiko e Fejuca, camisa 10 que contribui também batucando no couro e arranjando no cavaco.
Nos sopros, Thiago França (sax), Marlon Sete e Pedro Garcia no trombone e voz. Na bateria, o novo expoente da bateria brasileira, Thiaguinho Silva. O côro é comandado pela Luiza Machado, sua parceira de vida e arte, que entoa unissomo com as vozes de Jussara, Jurema, Hodari, Betina, Luiza e Camila de Alexandre, e o talentoso Luccas Carlos.
Falando em voz e coro, vale ressaltar a parceria louvável entre Luiz Antonio Simas e Marcelo D2. Desde o último disco de estúdio com intervenções e trocando prosas juntos sobre ancestralidade, resistência e identidade. Também estão no catálogo grandioso de compositores João Martins, Inácio Rios, Diogo Nogueira, Igor Leal, Fred Camacho, Neném Chama, Carlos Caetano, Márcio Alexandre, Cabelo, Douglas Lemos, Moa Luz e Otacilio da Mangueira. É mole?
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Todo esse time consegue criar uma atmosfera de uma vibração coletiva incrível, que dialoga o asfalto com o morro de uma forma ímpar. O grave do surdão e do 808 suingando com o hihat, que por sua vez unifica-se com as palmas e o tamborim... isso é o Nave e mais uma sequências de beats absurdos. Uma parceria que já vinha dando certo desde "A Arte do Barulho". E pelo visto, continua. Numa parceria luxuosa que vem se estreitando nos últimos anos, Nave e Kiko Dinucci - que traz suas picotadas lombradas, guitarras levemente sujas, uma viola elegantíssima - se entendem em grau, número e frequências.
A produção é algo instantaneamente clássico - o que já faz pensar nesse disco do OGI que vem aí. Mas isso é papo de futuro, pra outro momento.
Ah, jamais podemos esquecer de mencionar a co-produção e mixagem, que ficou na assinatura de nada mais/nada menos que o gênio e cumpade de longa data de Marcelo, Mario Caldatto. É óbvio que a qualidade de sempre foi entregue.
Dito isso e abordado o time, agora vamos as participações; Nega Duda, Metá Metá, BNegão, Mumuzinho, Alcione, Xande de Pilares, Zeca Pagodinho e o imortal Mateus Aleluia. Há homenagens a Romildo Bastos (Padre Miguel) e mestre Monarco (Portela) a sua maneira afrosambadélica.
Essa fusão chega ao ápice quando IBORU traz a cultura Hip-Hop pra dentro duma quadra de Padre Miguel com adlibs de Westside Gunn em um partido alto feito de beats, palmas, trombone e guitarra. Ou com um batuque e naipe de sopros junto a MPC, como fez no seu último trabalho com Um Punhado De Bambas no Cacique de Ramos - que aliás, outro excelente trabalho que transcende as fronteiras convencionais e cria uma experiência auditiva e cativante, como faz novamente nesse trabalho.
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É junto de baluartes, ídolos e bambas que D2 aprendeu boa parte do que sabe do samba. Zeca e Arlindo são reverenciados em mais de um momento do disco. Beth, João Nogueira, Dona Ivone, Luiz Carlos, Candeia, Cartola, Martinho, Paulinho e o pessoal do Fundo de Quintal. Entre muitos outros. É bonito ver o artista em seu auge, com a pura satisfação de fazer o que gosta, evoluindo e não se prendendo a velhos chavões e modos operandi. Além de toda essa gratidão de quem aprendeu com os verdadeios movimentadores da massa e da cultura popular.
E se você se pergunta da outra parte, nunca se esqueça que antes de D2, era o Sinistro, com sua vivência pelas quebradas do mundaréu. Rio 40 graus. De Padre Miguel, Cascadura, Madureira, do Andaraí, Humaitá e das vielas do centrão. Lapa, Gamboa, Cinelandia. Vivência que Peixoto teve nos camelos com seu camarada Skunk. Das chamas que circundavam a capital carioca nos anos 90.
No final, "IBORU" vai além do siginificado em iorubá, do Ifá, e muito mais do que título de disco ou uma simples combinação de gêneros musicais; é uma verdadeira celebração da diversidade e da riqueza da cultura brasileira. Destaca temas relevantes e urgentes, como a desigualdade social e a resiliência das comunidades marginalizadas. Ancestralidade de futuro.
Ao mesmo tempo e paralelo a concretude lírica e dos batuques de fine estirpe, a nuance abstrata das melodias se faz valer em loops, samples e um instrumental finesse. A sinestesia e o campo lúdico do disco é forte, e isso tem muito a ver com o imaginário popular, fé e outros pagodes da vida que circundam a vida do brasileiro - que assim como Marcelo, se recria e se renova a cada nova batalha. "Provando e comprovando a sua versatilidade", já diria seu saudoso amigo Bezerra da Silva, que eu sei que assim como os outros bambas mencionados aqui neste texto, no disco, e durante a vida do Sinistro, também benzeu e abençoou "IBORU" até vir ao mundo terreno, há uma semana atrás, dia 14 de Junho.
E faz uma semana que é festa no Orum...
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ALÔ, MEU POVO! A HORA É ESSA!!!
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pensadorjoviano · 1 year ago
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Pé na tábua, corpo sem camisa, alma sem freio
Um barril de álcool que acaba com qualquer resquício de receio
Não sou filósofo alemão, não sou cria de favela e nem um deus adotado
Mas ando sempre a frente desse povo demente que acredita ser escutado
Nunca fui escutado
Qual a diferença entre o suor no peito e a lágrima de desgosto no rosto ensanguentado?
Não posso ser parado
Eu também sei o que cê viu e o que cê fez naquela casa abandonada no verão passado
Isso é só um passo
Sou tão louco as vezes que insisto em acabar com muitos futuros pra esquecer o meu passado
Talvez seja o último trago
O que sobra pra quem faz poema de vida e morte e do medo da mina no beco calado?
Mas isso não é medo
E o que você faz quando a vontade é de mais mas o céu chove e as nuvens escondem um sol preto?
Nunca fiz isso direito
E o teu rosto esconde a margem do que é sempre belo e do que um dia distante arrepiou meu pelo
Não segui aquele conselho
Como lidar com os teus deuses e demônios que te cortam e enforcam quando se encontra parado na frente do espelho?
Sempre quis um recomeço
E a prata enferrujada que te prende e te mata não te deixa mais sonhar com a mão no teu cabelo
De repente, num belo dia, toda essa gente carente recolhe buquês de flores mortas e sai para caminhar
O sol brilha, a lua vigia e a multidão contente desprende dores postas e começa a se juntar
Você não entende, o que queria? Se fazer presente nos momentos em que fores de costas e se viu desabar
A maravilha da poesia enfim se estende e a fúria do Pai ausente cai sobre todos fazendo cada um sangrar
O que eu desejo?
Apenas um suspiro, mais um único grito que num espaço longínquo possa ressoar
O último e primeiro
A mão que me trouxe à luz há de ser a mão da morte que me fará descansar
Me perdi no seu cortejo
Sussurros de sonhos e fantasias que me afetam dia após dia agora estão perto de se calar
O final será certeiro
Não haverão balas e nem facas, apenas segredos profundos que eu nunca tive coragem de compartilhar
~L², 22 de Outubro de 2023
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excentricidadebanal · 1 year ago
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Hélio Oiticica: a elevação da forma concreta
Escrito em 02/09/2023
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Já faz alguns dias que a obra de Hélio Oiticica não me sai da cabeça, mesmo que já conhecia e admirava seu trabalho, nunca tinha parado pra pensar no que via, seus diferentes períodos me pareciam incoerentes. Mas ao revisitar sua arte minha visão mudou completamente: a experimentação com a forma em seus trabalhos nos anos 60 é, não só, um resultado lógico da ideia neoconcreta, mas a solução ideal no dilema modernista das funções da arte e da arquitetura.
O neoconcretismo, da onde surge as primeiras obras de Hélio (Metaesquemas), retomava no pós-guerra e inaugurava no Brasil a experimentação abstrata das vanguardas do início do século, tanto no Concretismo pioneiro de Van Doesburg, quanto no Suprematismo russo, ambos movimentos que, ao investigar as formas no espaço, propunham a ruptura com o plano da imagem de um jeito ou de outro, com seus avanços para a arquitetura e escultura. Esse movimento à tridimensionalidade teve um avanço significativo com os brasileiros (como por exemplo os Bichos da Lygia Clark), mas foi nas obras posteriores de Hélio Oiticica onde as ideias concretas atingiram sua mais alta complexidade, ao interferir no espaço real e envolver o espectador na sua forma. Para caracterizar o que digo, vou focar em duas séries que eu acho simbolizam essa transformação: os Penetráveis e os Parangolés.
Começando com os Penetráveis, as cores e formas presentes no seu trabalho em guache são transportadas para a escala humana, possibilitando literalmente a penetração do espectador nas ideias concretistas. Essas estruturas, ao encararem a proporção arquitetônica, questionam sua função e concluem a longa tentativa vanguardista de construção do espaço abstrato, resultando em construções puramente contemplativa. A obra Tropicália (1967) se apresenta como o ápice das ideias desenvolvidas na série: ao colocar suas caixas neoconcretas sobre a areia e o cascalho em forma de barracos, dialogam com a arquitetura das favelas, tocando sambas e convidando o espectador à experiência marginal.
Já os Parangolés dialogam ainda mais profundamente com a realidade, fazendo o espectador incorporar a obra de arte, vestindo e levando-a aos caminhos que deseja. Similar à Tropicália, os Parangolés são híbridos da cultura popular que o artista tinha entrado em contato desde que passou a frequentar a Mangueira com sua formação vanguardista, e ao mostrar as contradições desses dois mundos, como no episódio onde é barrado de entrar no MAM com a escola de samba na abertura da Opinião 65, propõe uma antropofagia artística com protagonismo finalmente popular.
Até o momento, o caminho de Hélio Oiticica me parece o ideal nas duas questões: o balanço da arte/arquitetura e no desenvolvimento de um intelectualismo nacional-popular, sem medo de ser expulso das instituições e servir unicamente ao povo.
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ricardofonseca · 5 days ago
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MOBILIZA SLZ: Primeiro fim de semana de atividades movimenta a cidade.
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Tambor de Crioula foi uma das atrações do fim de semana no Mobiliza SLZ (Foto: Divulgação/Mobiliza SLZ).
História, gastronomia, música, moda, feiras criativas e cultura geek deram o tom dos dois primeiros dias do evento, que se estende até o próximo domingo, 24.
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Fabiana Cutrim levou os filhos para um passeio turístico pelo Centro Histórico de São Luís, uma das agendas do Mobiliza SLZ (Foto: Arquivo pessoal).
SÃO LUÍS (MA):
"O desejo que eu tenho é de conhecer a minha história e poder repassar isso aos meus filhos", conta a radiologista Fabiana Cutrim, que participou de um city tour pelo Centro Histórico de São Luís. Apresentando um novo olhar sobre a história da cidade, a atividade integrou o primeiro dia de ações do Mobiliza São Luís, movimento que conecta turismo, cultura e economia criativa na capital maranhense. Ao todo, foram realizadas 18 atividades somente nos dois primeiros dias do evento, iniciado no sábado (16).
O bairro da Madre Deus e a região da Liberdade, repletos de cultura e história, também foram palco de visitas guiadas durante o primeiro fim de semana do Mobiliza SLZ. Mas nem só de roteiros a pé foi composta a agenda do movimento. O "Reggae Cruise" propôs observar São Luís a partir de uma perspectiva inusitada, em um passeio de barco que partiu da Ponta d'Areia ao som de muito reggae, salsa e outros ritmos musicais, circundando o Centro Histórico, Barragem do Bacanga e Espigão pelas águas da Jamaica brasileira. 
Além dos passeios, experiências gastronômicas não faltaram. O "Sabores do Mará" ofereceu degustação de petiscos e de bebidas destiladas maranhenses em bares e restaurantes da Avenida Litorânea, no sábado (16) e no domingo (17), e vai seguir com programação nos dias 22, 23 e 24 de novembro. No Gapara, a Casa de Elena promoveu degustação e venda de produtos derivados do cuxá, com atração musical.
Musicalidade e dança tiveram espaços dedicados no Mobiliza. O samba agitou a tarde e a noite de sábado (16) da Ponta d'Areia, no Créole Bar, com apresentações de diversos artistas maranhenses. No Centro, o coreto da Avenida Beira-Mar foi embalado pelo Tambor de Crioula, patrimônio brasileiro que é uma das mais autênticas manifestações culturais do Maranhão.
Também teve música nas feiras criativas, com exposição e venda de produtos e serviços, a começar pela "Feira de Vinil e Cultura", no Cohajap, onde ela foi protagonista. A "Expo Angelim", a "Feirinha dos Artistas", a "Expo Lojas SLZ" e o "Mercado Minha Pariceira" movimentaram os bairros Angelim, Centro, Cohama e a praça da Lagoa da Jansen, respectivamente. Já a "Feira Encontro de Brechós" reuniu pequenos negócios voltados ao artesanato, arte e moda circular no Centro.
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A empreendedora Huthelles Meireles comenta que a feira criativa realizada no Coroadinho fortalece a comunidade (Foto: Divulgação/Mobiliza SLZ).
Na visão da empreendedora Huthelles Meireles, que comercializou seus produtos na "8ª Feirinha Criativa do Polo Coroadinho", o Mobiliza fortalece o empreendedorismo na região e gera transformação. "Faz com que pessoas possam nos enxergar e nos verem como, realmente, uma potência. Porque nós somos da favela, mas somos potência", afirma a dona da Huthelles Gourmet, moradora do Coroadinho.
Moda, cultura geek e conhecimento
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Evento "Matsuri" reuniu interessados na cultura geek no Multicenter Sebrae (Foto: Divulgação/Mobiliza SLZ).
No sábado (16), a 5ª edição do "CPDMODA Fashion Show V" ocupou a Fábrica Santa Amélia, no Centro, com performances de moda, rodas de conversa e desfiles com peças de novos designers e estilistas. No Alto do Calhau, durante todo o fim de semana, o Multicenter Sebrae foi tomado pelo "Matsuri", evento cujo objetivo é democratizar a cultura geek no Maranhão e estimular o turismo cultural, empreendedorismo e economia criativa.
Visando compartilhar conhecimento com os fazedores de cultura da capital, no sábado (16) foi realizada no bairro Anil a oficina "Salic para iniciantes: como cadastrar projeto na Lei Rouanet", que forneceu informações básicas sobre como submeter projeto no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic).
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O diretor técnico do Sebrae Maranhão, Mauro Borralho, idealizador do Mobiliza SLZ, e a coordenadora-geral do movimento, Danielle Abreu (Foto: Divulgação/Mobiliza SLZ).
Na avaliação da coordenadora-geral do Mobiliza SLZ, Danielle Abreu, o primeiro fim de semana do evento cumpriu bem o papel de movimentar a cidade, com atividades espalhadas em vários pontos da capital, e fortalecer a economia criativa em São Luís. "Já começamos a perceber nessa edição eventos mais sólidos, melhor organizados, com empreendedores mais conectados, de várias cadeias diferentes da economia criativa", analisa a coordenadora.
Mobiliza São Luís
O Mobiliza SLZ é um movimento que fomenta a cultura, o turismo e a economia criativa na capital do Maranhão, fortalecendo os empreendedores que atuam nesses segmentos em São Luís. Desde 2021, o Mobiliza promove compartilhamento de conhecimento e conecta pessoas, de modo a estimular parcerias estratégicas e também a ampliar a visibilidade dos produtos e serviços oferecidos pelos criativos, o que ocorre anualmente durante os nove dias de realização do evento.
No último dia 5 de novembro, o Mobiliza SLZ ganhou um importante reconhecimento no Prêmio Marandu JOMP, na categoria Sociedade Civil. A programação foi organizada pela agência Marandu, reconhecida agência de inovação e empreendedorismo da UEMA. Antes disso, o movimento foi campeão da categoria Melhores Conexões Significativas, no 3º Prêmio de Turismo Responsável da WTM Latin America, e foi premiado em duas categorias no 1º Prêmio SOLuíses Ecossistema de Inovação.
A terceira edição do Mobiliza, que ocorreu em setembro do ano passado, foi marcada por recordes: foram mais de mil empreendedores envolvidos direta e indiretamente, e mais de 20 mil pessoas alcançadas pelas ações desenvolvidas. Nesta quarta edição, o movimento organizado pelo Sebrae tem o apoio do Sistema Fiema, por meio do Senai e do SESI.
Fonte: ASCOM/ SEBRAE- MA
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perenifol1o-blog · 6 days ago
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eu vivo num país que tem encontro “g-20 cria” sendo q a união (estado) tem dinheiro pra erradicar a fome no país e acabar com as favelas dando moradias dignas pra população. ai a primeira dama, que cumpre uma função alheia a realidade de 80% da população, pega o espaço que é de gente q utilizaria melhor pra dar palco pra bilionário. eu sinto vergonha de existir e isso são deixas constantes que indicam a ausência de fé q eu estou entrando
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madamealien · 1 year ago
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Insônia de Halloween
Sumário: Riley quer ver filmes de terror e Drake avisa que não vai consolá-la se tiver pesadelos. Ela não o escuta.
Classificação Indicativa: Livre
Palavras: 1133
AO3
A princesa fez bico com o lábio, esticando os braços em volta do pescoço dele. "Por favor?"
"Você vai ficar acordada a noite toda e quem vai ter que cuidar de você?" O homem pergunta retoricamente, carrancudo com a ideia. "Eu."
"Não vou!" Ela argumentou, agindo de forma soberba.
Tudo o que Drake fez para reconhecer seu argumento foi dar-lhe um olhar mordaz.
"Liam e Maxwell disseram que iam assistir comigo. Vamos nos divertir sem você, então." Ela deu um tapa no ombro do homem mais alto.
"Liam e Maxwell vão querer ficar com você quando você estiver com medo dos rangidos neste velho lugar esquecido por Deus?" Ele questionou, circulando os braços pelo palácio como se tratasse uma favela.
Riley fez cara feia para Drake, desistindo de tentar convencê-lo a assistir filmes de terror com eles. Ele ignorou seu brilho, beijando a cabeça antes de dispensá-la e retornar ao telescópio. Derrotada, ela foi encontrar Maxwell na sala de estar, coberto por um edredom em uma cadeira enorme.
Ele sorriu para ela, sua expressão sonhadora e cheia de adoração. Ele abriu os braços, permitindo que ela subisse em cima dele, aconchegando-se em seu peito.
"Então, ele disse que não?" Ele perguntou, acariciando seus cabelos, sabendo muito bem que o outro homem tinha dito.
"Sim, ele não vai assistir ao filme conosco. Ele diz que eu sou um bebezinho assustado e ele não vai ficar comigo se eu ficar com medo!" Ela se apegou ao outro namorado.
Ele deu um beijo na ponta do nariz dela. "Problema dele, ele que está perdendo. Eu fico com você".
Isso faz a princesa rir feliz. "Não vou me assustar."
Maxwell deu uma gargalhada, acenando com a cabeça, embora soubesse que Riley iria chiar de susto assim que o filme começasse. Ele e Liam haviam concordado em se entregar à fantasia de outono dela de assistir a filmes assustadores na cama. Drake aparentemente não estava convencido, mas Maxwell sabia que se juntaria a eles eventualmente porque não queria ficar de fora.
"Cadê nossa menina?" Liam perguntou, entrando com os braços cheios de lanches e encontrando-a aconchegada em Maxwell, meio dormindo em uma cadeira.
Ela murmurou, sentindo suas mãos grandes deslizarem pelas suas costas. Ela piscou o sono enquanto Maxwell a rolava para encarar Liam, aceitando beijos do homem loiro. Ele usava um agasalho marrom quente, que ela planejava roubar em algum momento.
"Liam, quero assistir a um filme." Ela bocejava, agarrando-se a ele enquanto ele a tirava do colo de Maxwell.
"O que você quiser, querida." Ele cantarolou, apertando um beijo em sua bochecha.
Maxwell os seguiu até o andar de cima, juntando alguns outros alimentos que ele havia deitado enquanto esperavam por Drake. Liam a ajudou a se vestir de pijama de lã felpudo, apertando beijos em seus lábios e arrancando risadas dela.
"Vá para a cama." Maxwell instruiu suavemente, empurrando-a suavemente para trás com a mão.
Riley obedeceu, aconchegando-se ao lado de Liam e deixando Maxwell se acomodar ao lado dela. Ele colocou a tigela de pipoca no colo dela, alimentando-a com um pedaço da ponta dos dedos.
"Pânico ou Halloween?"
"Halloween primeiro?" Ela sugeriu, contorcendo-se e tentando ficar confortável, acabando por encostar a cabeça em Maxwell.
Maxwell pegou o controle remoto e ligou o filme. Como previsto, Riley apertava a mão de Liam sempre que a música ficava tensa. Um grito deixou seus lábios assustados, assim que Drake entrou.
"Você não está com medo, tá, meu amor?" O homem azedo brincou antes de deixar seu equipamento de astronomia de canto.
"Não!" Ela protestou, embora os três homens soubessem que era mentira.
"Me arranje um espaço."
Liam puxou Riley para seu colo para abrir espaço para Drake na cama, permitindo que ela se acomodasse em seu peito. A mão de Liam deslizou por baixo de sua camisa felpuda, chegando a repousar em sua cintura. Sua mão estava quente contra a pele dela proporciona conforto imediatamente. Seus cabelos dourados faziam cócegas em seu rosto quando ele apoiava a cabeça em cima da dela e a segurança de seus braços ao redor dela tornava os filmes de terror suportáveis.
"Divida!" Ela choramingou com Maxwell, notando que ele estava comendo todos os pêssegos.
"Não se preocupe, chorona." Drake repreendeu, tirando um dos doces da bolsa.
Um escárnio de aborrecimento deixou seus lábios, e Liam apertou seus braços ao redor dela de forma protetora, não querendo ver o tipo de resposta sem graça que seu amigo certamente lançará contra ela.
"Deixe pra lá!" Drake advertiu contra seus lábios, pressionando um beijo firme contra ela.
Ela abriu a boca com os olhos tristes, silenciosamente implorando por um pedaço de doce. Maxwell colocou uma em sua língua, Drake murmurando algo sobre não engasgar.
"Eu não sou um bebê."
"Você é meu bebê." Liam sussurrou, ganhando uma risada suave.
"Silêncio!" Drake insistiu.
Riley relaxou, voltando sua atenção para o filme. Liam a abraçava sempre que ela pulava, caindo em cada um dos sustos baratos. Os meninos acharam cativante, e ela jurou que queria assistir ao Pânico assim que terminassem Halloween.
"Tem certeza de que é isso o que você quer?" Liam perguntou, gentil.
RIley assentiu com um bocejo, rastejando de um Liam em protesto para deitar em Maxwell. Drake esfregou suas costas silenciosamente e um pouco desajeitadamente, e ela se viu lutando para ficar acordada. Em algum momento ela se afastou, perdida para os sonhos.
Os sonhos rapidamente se transformaram em pesadelos, no entanto. Seu coração disparou em seu peito enquanto ela tentava escapar de alguma ameaça invisível durante o sono.
Seus olhos se abriram quando Riley sentiu como se estivesse caindo, seu corpo empurrando Maxwell.
"O que é que acontecer? Você está bem?" Maxwell murmurou, desperto de seu próprio sono.
"Estou com medo, Max." Ela admitiu com vergonha, sabendo que eles estavam certos sobre ela assistir a filmes de terror.
"Não precisa ter medo, meu amor. Eu estou aqui, assim como Liam e Drake. Você está segura." Ele a silenciou, envolvendo seus braços em torno dela e puxando-a de volta para seu peito, tentando fazê-la se sentir o mais segura possível.
"Você pode acordar Drake também? Ele parece o mais bem equipado entre nós para lutar contra um serial killer." Ela implorou em lágrimas, fazendo Maxwell rir.
"Drake. Acorde." Ele obedientemente sacudiu o ombro do outro homem.
O homem abriu lentamente os olhos, olhando em volta confuso. "Maxwell! Mas que merda?"
"Tive um pesadelo." Ela choramingou.
O som é eficaz em fazê-lo amolecer. "Ah, tudo bem."
Drake acendeu uma pequena lâmpada, deixando um brilho quente se instalar sobre o quarto escuro, apenas o suficiente para que a escuridão não parecesse conter sombras nefastas. Ele esfregou o lado dela, contando suavemente uma história para ela voltar a dormir.
Quando o sono consumiu Riley novamente, quaisquer pesadelos inspirados nos filmes assustadores foram expulsos por seus meninos.
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vampire-rio-1980 · 2 months ago
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Cena Final: O Desfecho na Mansão do Príncipe
A noite estava inquieta no Rio de Janeiro. O vento soprava do mar, carregando um ar de tensão, como se a cidade soubesse que algo monumental estava prestes a acontecer. Selena Kardos caminhava em direção à mansão de Miguel de Andrade, o Príncipe da cidade, uma construção imponente no alto de uma colina, sua fachada de pedra e mármore imperturbável. Aquela seria a cena final de um jogo de intrigas e poder que havia se desenrolado por noites, culminando em um confronto inevitável.
O convite de Miguel não havia sido uma cortesia. Era uma convocação. Ele sabia que Selena havia sido instrumental na morte de Padre Estevão e na desestabilização da ordem vampírica na cidade. Mas Miguel não era um governante comum — ele era astuto, calculista, e sabia que mesmo o caos tinha seu lugar no equilíbrio do poder.
Selena entrou no salão principal da mansão, suas botas ecoando contra o chão de mármore. Valéria Mendonça, sempre impecável, estava ao lado de Miguel, seu olhar frio e avaliativo fixo em Selena. Ao redor, membros da Camarilla e aliados leais ao Príncipe formavam um círculo de observação silenciosa. Sebastião, o Nosferatu, estava oculto nas sombras, como de costume, apenas observando.
Miguel, sentado em um trono de aparência imperial, levantou-se lentamente ao ver Selena entrar. Seus olhos, azuis e implacáveis, a encararam com a intensidade de um predador estudando sua presa.
"Selena Kardos," ele disse, sua voz carregada de autoridade. "Você tem causado bastante agitação. Padre Estevão está morto, e a rebelião nas favelas está se espalhando. E tudo isso, de certa forma, leva a você."
Selena permaneceu imóvel, seu sorriso enigmático jogando a tensão de volta ao Príncipe. "O caos, Miguel, é o que revela as verdadeiras intenções das pessoas. Talvez seja hora de ver quem realmente mantém o controle desta cidade."
Valéria deu um passo à frente, sua postura rígida. "Você brinca com forças além do seu controle, Kardos. Acredita mesmo que sairá daqui impune?"
Selena deu uma risada baixa. "Valéria, querida, você ainda não entendeu. Não se trata de sair impune. Trata-se de quem controla a narrativa. E até agora, você e Miguel achavam que estavam no comando. Mas isso está prestes a mudar."
Miguel estreitou os olhos, avançando um passo à frente. "Explique-se."
Selena se inclinou levemente, como se saboreasse o momento. "Padre Estevão não estava apenas tentando aumentar seu poder pessoal. Ele estava invocando algo que todos vocês ignoraram — uma entidade espiritual que, se libertada completamente, teria consumido o Rio e além. Eu interrompi isso. Mas as reverberações dessa magia não desapareceram. Elas se moveram… para mim."
O salão ficou em silêncio absoluto.
"Você está dizendo que… tomou para si o poder de Estevão?" Valéria sibilou, sua voz cheia de incredulidade.
Selena deu um passo à frente, seu corpo irradiando uma energia nova, algo mais sombrio e poderoso. "Eu não precisei tomar. Eu soube como conduzi-lo. Agora, as forças que vocês ignoraram estão sob meu controle. O caos está, finalmente, nas minhas mãos."
Miguel, agora percebendo o quão profundo era o perigo, deu outro passo à frente. "Você está desafiando o poder da Camarilla, Kardos. Sabe o que isso significa? Se continuar com essa loucura, terá que ser eliminada. Não há lugar para anarquia neste domínio."
Selena riu, desta vez mais alto, um som de pura confiança. "Oh, Miguel… você não entendeu. Eu não estou pedindo permissão. Eu não vim aqui para negociar. Eu vim para assumir."
De repente, as luzes no salão começaram a piscar, uma presença invisível preenchendo o espaço. O poder necromântico que Selena havia adquirido começou a se manifestar. As sombras ao seu redor se moveram, e figuras espectrais, espíritos mortos há muito tempo, começaram a emergir das paredes e do chão, circulando o salão.
Miguel e Valéria recuaram instintivamente, percebendo o perigo crescente. Os membros da Camarilla presentes começaram a se agitar, enquanto Sebastião, ainda nas sombras, observava com um sorriso discreto de aprovação.
Selena olhou para todos eles, sua voz ecoando com uma nova autoridade. "Vocês passaram tanto tempo tentando manter o controle, acreditando que a ordem era a única maneira de governar. Mas eu mostrei a vocês que o caos pode ser uma ferramenta tão eficaz quanto. Vocês mantiveram seus segredos, suas alianças frágeis. Agora, esses segredos pertencem a mim. E eu vou usá-los."
Raul, o líder dos Garou, entrou no salão naquele momento, sua presença selvagem e indomável enchendo o espaço. Ele olhou diretamente para Miguel. "Ela tem a força da natureza ao seu lado agora. Acreditamos que o tempo de vocês acabou."
O Príncipe Miguel de Andrade, percebendo que havia sido ultrapassado tanto por forças sobrenaturais quanto por alianças improváveis, deu um passo atrás. Mas ele não era o tipo de vampiro que aceitava derrota facilmente.
"Você acha que pode me tirar o poder, Kardos?" Ele sibilou, sua voz carregada de ódio. "Eu sou o Príncipe desta cidade. Sem mim, tudo isso desmorona."
Selena sorriu uma última vez, agora a vitória claramente em suas mãos. "Você está certo, Miguel. Tudo isso desmorona. Mas a partir das cinzas, algo novo surgirá. Algo… meu."
E, com um movimento rápido, Selena liberou a energia necromântica que havia acumulado. Miguel foi engolido por sombras, e antes que pudesse reagir, seu corpo começou a definhar, como se a própria essência da morte o consumisse de dentro para fora.
Valéria, percebendo o fim de Miguel, deu um passo atrás, seus olhos arregalados em choque. Ela sabia que o poder estava mudando de mãos — e rápido. Mas, ao contrário de Miguel, ela era mais cautelosa. "Kardos… parece que você venceu desta vez. Mas não pense que isso vai durar para sempre."
Selena a encarou com um olhar firme. "Nada dura para sempre, Valéria. Mas por enquanto… eu sou o poder nesta cidade."
Os espíritos que cercavam o salão desapareceram lentamente, deixando o salão em um silêncio mortal. Miguel estava morto. Selena Kardos havia se tornado a figura mais poderosa do Rio de Janeiro — uma governante que controlava tanto o caos quanto a ordem, uma mestra das forças que corrompiam a cidade e agora, ironicamente, sua salvadora.
Enquanto os Garou desapareciam de volta para a floresta e Valéria recuava para reorganizar suas jogadas, Selena ficou de pé, sozinha no centro do salão, triunfante. O caos havia vencido, e agora, ela ditaria as regras.
O Rio de Janeiro nunca mais seria o mesmo.
Fim.
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schoje · 4 months ago
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Localizado no Parque da Cidade, na Gávea, na zona sul do Rio de Janeiro, o Palacete do Museu Histórico da Cidade, depois de 10 anos sem visitação, foi reaberto hoje (18), data em que se comemora o Dia Internacional dos Museus. O solar do início do século XIX teve o interior e a fachada restaurados. Segundo a prefeitura do Rio, a reabertura do museu marca a retomada gradual das atividades ao público nos equipamentos culturais, respeitando os protocolos sanitários. Por conta da pandemia de covid-19, haverá controle do número de visitantes, restrito a grupos de 15 pessoas por vez. A retomada será marcada por uma exposição de longa duração com 482 peças do acervo de 24 mil itens do museu desde estandartes do século XIX, aquarelas de Debret e gravuras de Thomas Ender até os planos para a abertura da Avenida Central e objetos do dia a dia dos moradores do Rio. O projeto básico de reforma foi desenvolvido pela Rio-Urbe, que contratou e fiscalizou a obra do museu, orçada em cerca de R$ 4 milhões. A sede principal e a capela foram totalmente restauradas e o casarão, adaptado para deficientes físicos com a inclusão de um elevador e rampas de acessibilidade. Na reinauguração, o prefeito Eduardo Paes afirmou que vai apostar na cultura como principal fator de retomada do desenvolvimento e de renascimento do Rio. “Os moradores vão poder frequentar, fazer daqui um programa, aprendendo a história do Rio e também convivendo neste local que é a cara da cidade”, disse Paes. “É um espaço muito importante não só para a zona sul e para o entorno, que envolve os moradores da Gávea e da favela Vila Parque da Cidade, mas para todo o Rio, que terá acesso novamente ao acervo, patrimônio e um espaço de cultura, seguindo todos os protocolos de segurança”, afirmou o secretário municipal de Cultura, Marcus Faustini. >> Ouça: Rei do Baião é homenageado hoje na Semana Nacional dos Museus
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maisarquivogiraperformidia · 4 months ago
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Rito de Passarinho | Vitor Senra | RJ
RITO DE PASSINHO’ é uma videoarte que pesquisa a dança Passinho, a partir de sua contemporaneidade e ancestralidade. Arquitetando um espaço-tempo, onde os elementos de curta-metragem e performance são utilizados para documentar um possível ritual que teve origem na favela do Rio de Janeiro. Assim, por intermédio de um guia espiritual, que acusa a origem da chegada dos portugueses no país que hoje é chamado de Brasil.
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blogoslibertarios · 4 months ago
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MLB tem até dia 27 para deixar terreno invadido em Petrópolis
Prazo para desocupação foi fixado no dia 13 de junho | Foto: Magnus Nascimento   O Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) tem até o dia 27 deste mês para deixar o terreno onde funcionou o antigo Diário de Natal, na Av. Deodoro da Fonseca, invadido no início deste ano. O prazo de 45 dias para cumprir o acordo, firmado na Justiça, para deixar o espaço, foi homologado no dia 13 de…
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betmotionseo · 6 months ago
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Betmotion apoia doações às vítimas das enchentes no RS
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O Betmotion se une à enorme onda de solidariedade que se formou em prol das vítimas das fortes enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul. Por meio do seu projeto social BetSocial, apoiamos campanhas de doações de instituições como Ação da Cidadania e CUFA (Central Única das Favelas), que atuam no suporte às milhares de pessoas afetadas pelos temporais. A tragédia já impactou mais de 80% dos municípios gaúchos, causando até aqui 100 mortes (segundo a última atualização da Defesa Civil do estado), deixando três centenas de feridos e mais de cem pessoas desaparecidas, além de mais de 100 mil desalojados.
Como fazer as suas doações
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- Faça uma doação para instituições sérias que estão na linha de frente dessa causa, como a Ação Cidadania e a CUFA. - Chaves PIX: [email protected] e [email protected] - Mais informações aqui: SOS Chuvas no Rio Grande do Sul Neste momento crítico, o BetSocial faz um chamado para que todos se unam em solidariedade, contribuindo com doações que serão fundamentais para a reconstrução das vidas afetadas. Bianca Passos, membro fundadora do BetSocial, reforça a importância da colaboração com tais iniciativas. "A tragédia que se abateu sobre o Rio Grande do Sul requer uma resposta rápida e coordenada. No Betmotion, acreditamos na força da solidariedade e na capacidade de nossa comunidade de fazer a diferença em tempos de necessidade." "Cada contribuição, por menor que seja, tem um impacto significativo na vida daqueles que enfrentam dias tão difíceis", enfatiza.
Sobre o Betsocial
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Essa nova iniciativa e outras - como a do Abril Azul, de conscientização sobre o autismo, por exemplo - fazem parte do Betsocial, uma iniciativa do Betmotion cujo intuito é contribuir para tornar o mundo menos desigual, por meio do apoio ao trabalho de ONGs e instituições cujo trabalho consiste em ajudar aqueles que mais necessitam. Clientes já cadastrados no Betmotion podem fazer doações (qualquer valor!) na hora que solicitar um saque. É muito simples criar conta no site. Basta informar uns poucos dados pessoais, criar login e senha etc. Tudo muito rápido. Confira aqui como validar sua conta no Betmotion.
Canais de ajuda
Recomendamos que, para qualquer necessidade imediata, contate a Defesa Civil pelo número 199 ou acesse o site da Prefeitura para mais informações. Se estiver sentindo angústia ou precisar de apoio emocional, o Centro de Valorização da Vida (CVV) está disponível pelo número 188. Lembramos da importância de manter um comportamento responsável, inclusive no lazer e nas atividades online. Queremos também reforçar que o Betmotion está mobilizando esforços em parceria com a CUFA e Ação da Cidadania, apoiando a coleta de doações para ajudar as comunidades mais afetadas. Contamos com sua contribuição para fazermos a diferença juntos. O Betmotion e o BetSocial agradecem antecipadamente por seu apoio e solidariedade, reiterando o compromisso de trabalhar para aliviar as dificuldades enfrentadas pelas vítimas desta catástrofe e de continuar promovendo ações de impacto social significativas. Juntos, podemos superar os desafios e continuar a oferecer um espaço seguro e divertido para todos os nossos usuários.
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Gostou desta ação social do Betmotion? Então fique de olho no site e participe das próximas campanhas! Aproveite, também, para nos seguir nas redes sociais e conhecer as nossas promoções de boas-vindas, entre outras. Você é muito especial para nós! Telegram X (ex-Twitter) Instagram Facebook Read the full article
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fredborges98 · 7 months ago
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CARMEN MIRANDA - O QUE É QUE A BAIANA TEM
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Bom dia 🌹
Por: Fred Borges
O apresentador Glenn Beck ganhou notoriedade quando em uma fala de cinco minutos resumiu o vácuo ou " buraco negro" no espaço político ou da política americana.
Figura carismática e polêmica, Glenn Beck defende em seus programas e produções os princípios do conservadorismo e libertarismo político-econômico, responsabilidade individual, o que concebe como valores clássicos norte-americanos, a cultura judaico-cristã e prega a adesão aos princípios da Constituição dos Estados Unidos – preceitos de forte vinculação à direita política dos EUA, a qual compõe a base principal de seus fãs.
Essa fala está no YouTube( vide vídeo), mas começa dizendo:
" I don't know about you, but I'm tired. I am worn out. I am fed up. I've had enough. I am tired of exposing corruption, doing our homework, going overseas, and having documents translated to make sure they're exactly right, presenting the evidence," Beck said. "We know what's happening except then once we expose it, nothing happens. Nobody goes to jail. Nobody pays for a damn thing anymore!"
Tradução:
"Não sei você, mas estou cansado. Estou exausto. Estou farto. Já estou farto. Estou cansado de expor a corrupção, de fazer o nosso trabalho de casa, de viajar para o estrangeiro e de ter documentos traduzidos para garantir que estão exatamente corretos, apresentando as provas”, disse Beck. “Sabemos o que está acontecendo, mas quando o expomos, nada acontece. Ninguém vai para a cadeia. Ninguém mais paga por nada!"
Corrupção e Impunidade andam de mãos dadas não só no Brasil, mas no mundo.
Os sistemas político, econômico e social nunca se balizaram tanto pelo lucro, pela corrupção global,o Reino Unido que o diga,as guerras são travadas tendo como origem e destino o dinheiro sujo da corrupção, corrupção derivada do tráfico de drogas, humano, bélico,nunca o ser humano valeu tão pouco, e se vale tão pouco deve-se a ausência de valores morais.
Esses valores vêm sendo comprados pela simples sobrevivência diante da pobreza e miséria humana, e engana-se quem pensa que pobreza e miséria relaciona-se a simples percepção monetária- financeira, mas muito mais, se deve a ausência do espírito ou alma humana altruísta, generosa, solidária e fraternal.
Essa alma se encontra encardida pela soberba, prepotência, arrogância,pelas comparações, desdém do outro, do seu semelhante que agoniza enquanto poucos detém muito!
É como se Carmem Miranda cantasse: "O que, que a baiana tem?", e não apresentasse nada, um grande NADA!
Há uma desesperança no ar, um gosto amargo, uma falta de fé nas coisas e pessoas públicas e não sem razão!
A baiana do Acará não tem nada, está oca, vazia, roubaram-lhe todos os adereços, as roupas são de péssima qualidade, a massa do acarajé ou do abará é produzido em processadores chineses, o azeite é requentado e misturado, o camarão é minúsculo, a salada está azedada, a baiana é agora baiane pela novilingue, até o Dorival em espírito,anda milhares de kilometros para conseguir a originalidade da rede de balançar do Ceará ou será?
Itapoã se tornou favela banguela, ao entardecer todos fogem, se escondem, o tráfico e as milícias tomam contas das areias, a areia não é mais branca, a cocaína o é, e o Abaeté sagrado deixou de sê-lo, é profano, estupraram-o, defloraram-o, poluiram-o, toda cidade que inspirou Caymmi e Stella evaporou!
A deselegância, a falta de educação, a ignorância, a incompetencia do poder público é notório!
A Bahia não tem, tem pouco,poucos têm muito,dos faróis apagaram-se o motivo da luz.
Precisamos de luz!
Precisamos de Carmen e Caymmi!
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portalfunk · 8 months ago
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MC Dricka retorna aos palcos do AMATA na festa Ritmos
MC Dricka retorna aos palcos do AMATA na festa Ritmos
MC Dricka retorna aos palcos do AMATA na festa Ritmos
O AMATA Club, espaço social localizado em Pinheiros, apresenta a festa Ritmos, renomada pela sua diversidade musical que mescla os principais ritmos e hits da atualidade, oferecendo uma experiência repleta de Brasilidades, Pop & Funk. Tornando-se o rolê ideal para o sábado, no dia 06 de abril, o espaço recebe novamente a rainha dos fluxos, Mc Dricka, a partir das 21h.
A funkeira Mc Drika, é uma cantora e compositora brasileira do gênero, com músicas que remetem a autonomia feminina e lésbica, trazendo a estetica do baile de favela, com hits como “E Nós Tem Um Charme Que É Da Hora”, “De 38 Carregado” e “Empurra Empurra”, ela retorna para os palcos do AMATA para ritimar todo o jardim. A programação também conta com os DJs Jeff Bass, Havenna, Miya B, Cinara, Saviolli, Tricia e Bela.
  O AMATA, conhecido como refúgio da selva de pedra, traz o seu já conhecido jardim com abertura modular para uma experiência completa em suas dimensões. Conhecendo um ambiente por vez, o visitante pode aproveitar 4 bares espalhados pela casa, a pista fechada conhecida como Cave, o terraço  Garden, com 310m2 ao ar livre, rodeado por mais de 50 espécies de plantas da Mata Atlântica,  coberturas para dias chuvosos e o rooftop com vista exclusiva para Instituto Tomie Ohtake. Em seu menu que oferecem mixologia autoral e gastronomia inclusiva – unindo o melhor dos sabores paulistas e do universo Finger Foods.
Serviço:
Endereço: Rua Cunha Gago, 836 — Pinheiros, São Paulo
Horário: A partir das 21h.
Ingressos e lista de desconto: https://amatasp.com/festas/amata-ritmos-06-04-2024/
Sobre o AMATA
Com arquitetura inspirada no conceito ”Pocket Park”, o AMATA conta com mais de 50 espécies de plantas da Mata Atlântica, com 310m2 de área ao ar livre, e com rooftop com vista para o Instituto Tomie Ohtake, sendo um verdadeiro refúgio em meio a selva de pedra de São Paulo.
Com ambientes inspirados nos quatro elementos: fogo, terra, água e ar, o AMATA oferece ambiente descontraído, com pista interna e externa, e menu exclusivo com mixologia autoral e gastronomia inclusiva e com ingredientes naturais. O espaço conta com uma programação semanal, com música eletrônica, brasilidades, hip-hop, trap e funk.https://portalfunk.com.br/noticias/mc-dricka-retorna-aos-palcos-do-amata-na-festa-ritmos/
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